o estalo do chão de madeira da minha casa que vem com o calor do verão
Instituto Ling
A casa usualmente é o lugar em que o corpo fica mais relaxado, onde há a construção de uma intimidade e a sensação de proteção e abrigo. Concomitantemente, em um tempo de intensas desigualdades, estar em um lugar seguro e que se possa chamar de lar também é um privilégio diante de políticas excludentes do habitar incrustadas no âmago das grandes cidades.
Quais as memórias suscitadas a partir do torcer da maçaneta da porta de uma casa? Se observássemos as nuances da parede de uma sala pintada com cal, o que conseguiríamos ler? Quais zonas de uma cidade e habitantes são considerados desimportantes frente às negligências do urbanismo contemporâneo? Neste Estalo, as vivências do morar são postas em cena, indagando como memórias individuais são tramadas a outras experiências coletivas sobre a morada. A casa se torna um dispositivo para conjecturar sobre migração, arquitetura, meio ambiente e direitos fundamentais.