A argentina Andrea Giunta será a responsável pela curadoria da megamostra de arte contemporânea, que será apresentada em Porto Alegre de 9 de abril a 5 de julho de 2020. O anúncio oficial foi feito em coletiva de imprensa na manhã do dia 10 de outubro, em Porto Alegre
Porto Alegre, 10 de outubro de 2018 – Em coletiva de imprensa realizada no Memorial do Rio Grande do Sul na manhã desta quarta-feira, a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul anunciou oficialmente o nome da curadora chefe da Bienal 12. A argentina Andrea Giunta será a responsável pela megamostra de arte contemporânea, que será realizada em Porto Alegre de 9 de abril a 5 de julho de 2020, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, no Memorial do Rio Grande do Sul e no Santander Cultural. Curadora, escritora, professora e pesquisadora, Andrea Giunta (Buenos Aires, 1960) vai explorar como tema da próxima edição a relação entre arte, feminismo e emancipação. O evento foi conduzido por Renato Rizzo, presidente do Conselho de Administração da Bienal 12, e Gilberto Schwartsmann, diretor-presidente da Fundação Bienal do Mercosul e presidente da Diretoria Executiva da Bienal 12.
“A proposta da curadora aborda os complexos problemas envolvidos no tema, tanto na exposição quanto no programa das atividades que serão desenvolvidas nos próximos dois anos. É uma bienal que apresenta enormes desafios, uma vez que aborda uma questão urgente para a arte e para a sociedade”, explica Schwartsmann.
O título da exposição e a equipe de curadoria serão anunciados no final do ano. Também foi divulgada na coletiva a primeira atividade da Bienal 12: um seminário que será realizado no próximo dia 6 de novembro, dentro da programação oficial da 64ª Feira do Livro de Porto
Alegre, e que terá a participação da curadora.
A respeito de sua nomeação, Andrea comentou: “As bienais são espaços privilegiados para analisar o estado do mundo da arte. O tema desta edição está no centro dos debates e das revisões críticas do cânone da arte. Porto Alegre é uma cidade ideal para atuar como caixa de ressonância e instrumento ativador de uma questão urgente. A Bienal pretende reunir posições radicais, abordá-las desde uma perspectiva internacional e latino-americana, e contribuir para um mapa ativo da transformação política das subjetividades no mundo contemporâneo”.
Andrea Giunta conta com uma ampla experiência na arte latino-americana no cenário internacional, em exibições, ensaios de revistas especializadas e catálogos de exposições, ensino e investigação acadêmica. Seus campos de interesse incluem a arte do século 20 e 21 da América Latina e do mundo. É autora de diversos escritos a respeito de arte latino-americana, memória e política, o poder das imagens – particularmente sobre a obra Guernica, de Picasso – e a relação entre arte, gênero e feminismo na América Latina.
pesquisadora principal do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas da Argentina e professora de Arte Latino-Americana e de Arte Internacional na Universidade de Buenos Aires. Foi “Chair in Latin American Art History and Criticism” na Universidade do Texas em Austin, onde também foi diretora fundadora do Center for Latin American Visual Studies (CLAVIS). Foi professora visitante da École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris), professora visitante da Universidade Nacional Autônoma do México, professora visitante da Universidade de Duke, em Durham (EUA), professora visitante da Universidade de Monterrey (México) e “Tinker Visiting Professor” da Universidade de Columbia (Nova York), entre outros créditos acadêmicos. Foi palestrante em museus e universidades como o MoMA (Nova York), o Museu Centro de Arte Reina Sofía (Madri), o Haus der Kunst (Munique), o Bahnhof Museum (Berlim), a Harvard University, a University of California (Berkeley), o Art Institute (Chicago), a Princeton University e a New York University.
Andrea é autora de diversos livros, como Avant-Garde, Internationalism and Politics, Argentine Art in the Sixties (Duke University Press), Poscrisis (Siglo XXI), Escribir las Imágenes (Siglo XXI), Objetos Mutantes (Palinodia), ¿Cuándo Empieza el Arte Contemporáneo? (ArteBA) e El Guernica de Picasso (Biblos). Seu livro mais recente, Feminismo y Arte Latinoamericano, foi publicado em 2018 pela editora Siglo XXI. Foi curadora da Retrospectiva de León Ferrari, apresentada no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, e na Pinacoteca de São Paulo; cocuradora da exposição Extranjerías, com Néstor García Canclini, no Museu de Arte Contemporânea da UNAM, no México; e cocuradora de Verboamérica, com Agustín Pérez Rubio, no Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires. Atualmente, é cocuradora da exposição Radical Women. Latin American Art, 1960-1985, com Cecilia Fajardo-Hill, exibida no Hammer Museum de Los Angeles, no Brooklyn Museum de Nova York e na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
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