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Arte como prática de conexão na obra de Tino Sehgal é o tema do Zonas de Contato de setembro



O terceiro encontro do seminário Zonas de Contato da 13ª Bienal do Mercosul tem como convidados o artista inglês Tino Sehgal – que participará por videoconferência – e a coreógrafa Iaci Lomonaco. Marcada para o dia 27 de agosto (sábado), às 10h, no Salão do Instituto Ling, a atividade contará com interpretação em libras. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.


No encontro, Sehgal e Lomonaco abordarão a cultura oral e a arte como prática de conexão, explorando os potenciais do corpo e métodos de interação que o artista desenvolve em suas obras. O público será convidado a realizar dinâmicas corporais e vocais relacionadas aos trabalhos This Element e Yet Untitled, que têm como foco estados meditativos. Para melhor aproveitar a atividade, os inscritos deverão levar almofadas, pois o espaço não irá dispor de cadeiras – salvo em casos especiais. Recomenda-se também que os participantes usem roupas e calçados confortáveis. Concebido pelo Projeto Educativo da 13ª Bienal, o seminário Zonas de Contato é uma parceria com o Instituto Ling, apoiador cultural do evento. Até novembro, outros encontros reunirão nomes do cenário nacional e internacional para um diálogo ativo a partir do tema da mostra Trauma, Sonho e Fuga. O título do seminário toma emprestado o conceito de “zonas de contato” cunhado pela linguista Mary Louise Pratt e explorado pelo antropólogo James Clifford, que analisa espaços sociais onde diferentes culturas se encontram, provocando muitas vezes choques culturais em razão dos contextos assimétricos de poder.

“Novos horizontes, possibilidades de abordagem e tensionamentos se colocam a cada encontro do seminário. Diversas em termos de perspectivas e campos de conhecimento, cada pessoa convidada propõe trocas e interações diferentes com o público. O encontro com Tino Sehgal e Iaci Lomonaco terá um nível de participação bastante ativo, pois seremos provocados a experimentar nosso corpo e suas conexões coletivamente, algo a ser reaprendido no contexto pós-pandêmico que se anuncia”, observa a curadora e coordenadora do Projeto Educativo, Germana Konrath. O apoio cultural do Instituto Ling à 13ª Bienal do Mercosul contempla ainda a série de encontros Conversas de Cozinha – Bastidores da Bienal, reunindo integrantes das equipes do Projeto Educativo, da produção, da arquitetura, da engenharia e da montagem do evento para abordar o desenvolvimento de propostas artísticas, desde a concepção até a execução e inserção na 13ª Bienal. A 13ª Bienal do Mercosul é viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura, patrocínio master do Santander e patrocínio para o Programa Educativo da Crown Embalagens. A mostra conta com apoio institucional do Centro Cultural UFRGS e apoio cultural do Instituto Ling. Realização Fundação Bienal do Mercosul, financiamento do sistema Pró-Cultura da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do RS. Realização da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Serviço

Zonas de Contato – Seminário da 13ª Bienal

“A arte como prática de conexão”, com Iaci Lomonaco (presencial) e Tino Sehgal (online)

Data: 27 de agosto (sábado) de 2022 Horário: das 10h ao meio-dia Local: Salão do Instituto Ling (rua João Caetano, 440 – Três Figueiras – Porto Alegre/RS) Atividade com interpretação em libras Inscrições gratuitas aqui.


Ministrantes da atividade

Iaci Lomonaco é uma mulher brasileira plural. Graduada em Administração e Economia (FGV-EAESP) e Artes Cênicas (Angel Viana – RJ), é mestre em Estratégia e Sustentabilidade (Universitá Commerciale Luigi Bocconi), atuou internacionalmente no mercado financeiro e como consultora sênior das Nações Unidas, ajudando a criar, desenvolver e implementar estratégias sustentáveis para empresas e comunidades locais. Desde 2014 dirige e produz projetos interdisciplinares que visam criar novas formas de relação com o mundo por meio de experiências que não sejam apenas racionalidade e razão, mas que possam atravessar e ser atravessadas pelos contextos sociais, culturais, econômicos e políticos vigentes.

Tino Sehgal nasceu em 1976, em Londres, Inglaterra. Atualmente vive e trabalha em Berlim. Reconhecido como um dos artistas mais importantes de sua geração, a aclamação da crítica de Tino Sehgal deriva de sua prática artística radical que assume a forma de “situações construídas”: encontros ao vivo entre visitantes e aqueles que encenam a obra. Sua beleza efêmera repousa na especificidade fugaz do encontro, onde os jogadores muitas vezes envolvem os visitantes com sua participação ativa na construção da peça. O abandono de Sehgal da produção material em favor da experiência vivida é, no entanto, alcançado com uma sensibilidade às considerações clássicas de forma, composição e espaço, fundamentadas não apenas na história da dança, mas também nas tradições ocidentais de escultura e pintura.


Sobre a 13ª Bienal do Mercosul

A 13ª Bienal do Mercosul reflete sobre experiências coletivas nesta edição, que retoma formato presencial em 2022. O evento é assinado pelo curador-geral, Marcello Dantas, os curadores adjuntos Tarsila Riso, Laura Cattani, Munir Klamt e Carollina Lauriano e a curadoria pedagógica de Germana Konrath. Com acesso gratuito, as exposições, que incidem sobre o tema Trauma, Sonho e Fuga, pretendem proporcionar ensaios de imersão por meio dos sentidos e da percepção dos visitantes. A mostra, presidida pela empresária Carmen Ferrão, acontece de 15 de setembro a 20 de novembro em diferentes espaços de Porto Alegre.


Esta edição reconhece nos traumas – individuais ou coletivos – o maior combustível da arte de todos os tempos e entende os sonhos como um estratagema para a fuga. Assim, a vivência traumática coletiva, como é o caso da pandemia de covid-19, impulsiona a criação artística para um novo território. O impacto no imaginário comum, por meio da ativação do onírico, dos sonhos e dos delírios, abre portas para o escape de uma condição imposta a todos nós.


Sobre o Projeto Educativo da Bienal do Mercosul Para a 13ª edição da Bienal do Mercosul, a equipe educativa organizou ações em diversas plataformas e formatos, de maneira estendida no tempo, a fim de promover a qualificação do ensino da arte e a construção de um pensamento crítico e criativo de modo continuado. Nesse sentido, foi antecipada a produção do material pedagógico Diálogos, endereçado a professores da rede pública estadual e municipal, distribuído via SEDUC e SMED para trabalho em sala de aula ao longo de 2022.


O seminário internacional Zonas de Contato ocorre em edições mensais, de julho a novembro, possibilitando que os encontros repercutam antes e durante o evento. De modo análogo, a série de encontros Conversas de Cozinha – Bastidores da Bienal espalha-se pelo calendário de junho a novembro, reunindo integrantes de equipes que trabalham no dia a dia da mostra para explorar os processos criativos, executivos e técnicos por trás das obras, a fim de desmistificar obras de arte enquanto produtos prontos e explorar seu viés processual.

Um Diálogo Sincero – Curso de Formação para Mediação acontece entre julho e setembro em parceria com o Centro Cultural da UFRGS e é voltado para estudantes e profissionais interessados em arte contemporânea, educação, cidadania e acessibilidade cultural que queiram fazer parte da equipe de mediação do evento.

A programação do Educativo inclui ainda ações como oficinas para públicos espontâneos e agendados, encontros com educadores, participação em projetos artísticos comissionados para esta Bienal e ocupações educativas por meio da articulação com outras instituições como a PUCRS, como a séria de bate-papos Diálogos em Transe. O Projeto Educativo tem como atividade-base a mediação em todos os espaços expositivos da Bienal, seja para público espontâneo ou agendado. Visando ampliar o acesso, a Bienal oferece ônibus para transporte de turmas da rede pública escolar da Grande Porto Alegre aos espaços expositivos da mostra. Ao longo de 12 edições, o Projeto Educativo já realizou um milhão e 200 mil agendamentos escolares, produziu 298 mil materiais didáticos para alunos, professores e instituições de ensino e já formou mais de 2 mil mediadores. A 13ª Bienal pretende dar continuidade a esse que parece ser o grande legado do evento.

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