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Fundação Bienal do Mercosul devolve à cidade obras de arte restauradas


Escultura em Flor, 1997 - Xico Stockinger - Foto Thièle Elissa


Conjunto de 10 esculturas instaladas no Parque Marinha do Brasil foi revitalizado; cerimônia de entrega ocorreu em 17 de março


No mês em que completou 250 anos, Porto Alegre recebeu um presente da Fundação Bienal do Mercosul, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM): a entrega de dez obras de arte instaladas no Parque Marinha do Brasil, que foram recuperadas. O conjunto foi um legado deixado pela 1ª edição da Bienal do Mercosul, realizada em 1997, que recebeu o nome de Jardim das Esculturas. O evento de entrega das obras ocorreu na quinta-feira, 17 de março.


Para a presidente da 13ª Bienal do Mercosul, Carmen Ferrão, esse é um presente especial para a capital gaúcha. “O Parque Marinha, que é um dos principais espaços públicos de Porto Alegre, abriga um verdadeiro jardim de esculturas permanentes. São obras que estarão sempre à disposição da população, aproximando os porto-alegrenses da arte, e que agora temos a alegria de entregá-las para a cidade totalmente restauradas”, declara.


Além da restauração, viabilizada por meio de uma verba federal disponibilizada pelo IBRAM, também foram instaladas placas de sinalização com o descritivo de cada peça. Fazendo justiça à relevância do evento na América Latina, as esculturas são de artistas de diferentes países, como Argentina, Bolívia e Brasil, além dos que nasceram na Europa e foram erradicados artisticamente no Brasil.


Obras e principais artistas


Entre os artistas que fazem parte do Jardim das Esculturas no Parque Marinha, destaca-se o austríaco Franz Weissmann, que foi escultor, pintor e desenhista, além de ser um dos fundadores do Neoconcretismo no Brasil. Ele assina a obra Estrutura Linear. Aluno de Weissmann e representante do movimento Neoconcreto no país, o mineiro Amilcar de Castro também figura entre os principais artistas. Detentor da obra Escultura em Aço, Castro especializou-se como escultor de metais, artista plástico e designer gráfico.


Vale também ressaltar a presença de Xico Stockinger. Austríaco de nascença, Stockinger chegou a ter aulas de desenho com Anita Malfatti em 1929. Na década de 1950, mudou-se para Porto Alegre, onde acumulou diversas façanhas no meio artístico. Entre elas, foi o primeiro diretor do Atelier Livre da prefeitura da Capital e foi duas vezes diretor do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). Gravador, desenhista, caricaturista, xilógrafo e escultor, recebeu o título de cidadão honorário de Porto Alegre em 1994. Sua obra chama-se Escultura em Flor.


As 10 obras e seus respectivos autores:


  • Cubocor por Aluísio Carvão;

  • Escultura em Aço por Amilcar de Castro;

  • Escultura em Aço por Enio Lommi;

  • Escultura em Aço por Carlos Fajardo;

  • Amuleto para Recibir El Canto de Las Flores por Francine Secretan;

  • Estrutura Linear por Franz Weissmann;

  • Raio por Hernán Dompé;

  • Mangrullos por Julio Pérez Sans

  • Cono Sur por Ted Carrasco;

  • Escultura em Flor por Xico Stockinger.

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